I am music

No meio de tanto ruído surge a música.

Friday, September 16, 2005

Tracy Chapman - Where You Live



Há quase duas décadas que a música de Tracy Chapman me acompanha lado a lado. Desde que me lembro de ouvir música, sempre tive e tenho um grande fascínio sobre os seus álbuns, as suas composições, a sua voz e a sua consciência social e integridade como ser humano numa sociedade cada vez mais materialista e individualista.
Desde o seu primeiro álbum em 1988, com canções como "Fast car", "Talking about a revolution" ou mesmo "Baby can I hold you", revelou a alma da sua voz única num cenário, de verdadeiro encanto e talento artístico, cantando sobre o amor, a sociedade que nos rodeia, sobre o dia-a-dia de um empregado de supermercado ou de uma mãe solteira, sempre como uma eloquente contadora de histórias.
O seu percurso continuou até aos dias de hoje, com altos e baixos, com álbuns mais bem conseguidos artisticamente e comercial e outros menos, mas sem nunca se desviar o seu caminho, da sua forma de estar na vida, da forma de cantar e de escrever canções.
Neste "Where you live", sétimo álbum de originais, conseguiu voltar aos bons velhos tempos, quase chegando à verdadeira qualidade do seu álbum de estreia, agora com uma voz mais doce, mas contando e encantado-nos ainda com canções sobre o amor, sobre a américa e os problemas sociais. O álbum abre com um tema maravilhoso "Change", o primeiro single, "if you knew you would die today / if you saw the face of God and love / would you change?" continuando por temas melancólicos e sofridos, notamos uma docura na sua voz, na sua alma, um encanto que agora se sente já com maturidade, tal como em "3000 Miles". A meio do álbum surgem de seguida "Don't dwell", num encanto quase a capella, em que a sua voz ecoa dentro de nós mesmos, "Never yours", a melhor faixa do álbum em que ouvimos mesmo Tracy Chapman cantar "say I'm a saint of mercy / say I'm a whore / I've been many things / but never yours". Na faixa seguinte canta "America", num retrato da verdadeira e actual América desde a sua descoberta por Cristóvão Colombo. Só mais uma referência para a lindíssima faixa "Taken".
É desta forma que digo que Tracy Chapman e Ké são os meus dois artistas preferidos de todos os tempos. Pequenas razões para sorrir.

Rate: 9,5/10.

1 Comentários:

At 4:28 AM, Blogger O Puto escreveu...

Duvido que ela se consiga novamente aproximar da qualidade do seu disco de estreia, que é um disco muito bom e intemporal. Acho que os seguintes foram mais do mesmo, mas piores.

 

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