National, the . Alligator . 2005

Vindos de Brooklyn (Nova Iorque) o quinteto liderado por Matt Berninger, com uma voz barítono entre Jarvis Cocker e Leonard Cohen, torna-se um sedutor, com o um frágil ego e luxuosas letras. São canções de qualquer lado, perdidas entre uma cidade pequena em que toda a gente se conhece à alienação de uma grande cidade.
Uma pérola perdida do ano passado que só ouvi com atenção este ano. Uma sequência de excelentes faixas, como logo a abrir com "Secret meeting", a maravilhosa batida embebida na voz de Matt com "Karen", uma inspiração em Echo & the Bunnyman ou Joy Division com "Lit up", um pedido de desculpas delicioso em "Baby we'll be fine", os temas a ouvir não terminam, "Friend of mine", "Citty middle" que ouvo e tenho de voltar a ouvir não me consigo conter e esta faixa não pode ficar sem uma segunda e uma terceira audição, e por fim a terminar "Mr. November".

Rate: 9.0/10
review em: I Am Music

Richard Hawley . Coles Corner . 2006

"Hold back the night" para ouvir este álbum.
O “side kick” dos Pulp volta à carga no seu percurso em nome próprio. “Coles Corner” é mais um álbum com tudo no sítio, que promete encantar os admiradores de canções em modo crooning.
Concorrido guitarrista de estúdio, membro de várias bandas indie de pouca fama, colaborador dos Pulp (com quem costuma tocar ao vivo) e da lenda Nancy Sinatra, que nos últimos dois anos ajudou a ressuscitar, quer em disco quer na digressão que passou por Portugal. Eis Richard Hawley, um músico de Sheffield cujo grande feito é, no entanto, a criação sucessiva de aconchegantes discos a solo, sem aparente ligação ao tempo e ao espaço em que vive. Hawley é um compositor de alma própria, que mete no mesmo saco (inspiracional) a obra de Sinatra, Presley ou Scott Walker, assim como os ensinamentos da country e até algum shoegazing.

Rate: 8.0/10
review em: I Am Music

Sun Kil Moon . Tiny Cities . 2005

Os Sun Kil Moon são um dos actuais projectos de Mark Kozelek, o mentor dos Red House Painters, uma das principais referências da pop independente da década de 90. Este seu novo trabalho, o terceiro com os Sun Kil Moon, apresenta-nos onze temas dos Modest Mouse, um grupo de rock alternativo norte-americano, revisitados e reinterpretados ao estilo bem particular de Mark Kozelek, que já anteriormente nos tinha apresentado um exercício semelhante sobre a música dos AC/CD de Bon Scott.
É sim um excelente exercício de comparação com as músicas originais, que se pode aperceber que quase nada têm em comum a não ser a letra e ligeiros acordes. As músicas estão muito menos pesas, mais acústicas e numa voz mais profunda. A ouvir "Tiny Cities made of ashes", "Convenient parking" e "Ocean breathes salty".

Rate: 7.0/10
review em: I Am Music

Sparks . Hello Young Lovers . 2006

Dezoito meses depois de "Lil' Beethoven", a aclamada obra-prima dos Sparks depois de mais de 30 anos de carreira, lançam este novo registo "Hello Young Lovers", que apenas peca por ser uma continuação do álbum anterior, ainda que eu diga mais apurada. Os irmãos Ron e Russel Mael voltam a compor uma opus, num registo opera-rock, com influências barrocas, onde as provocações procuram ir o mais longe possível.
Apesar, de tudo é um álbum pop, mas do melhor pop que se faz nos últimos anos, e é pop como eles frisam: "Este é o pop que toda a gente devia fazer", que quebra todas as regras, e que ao 20º álbum, procuram fazer renascer finalmente o grupo depois de uma época menos boa, como foram os anos 80.
É um álbum cinemático, liricamente liberal, e conseguem pegar em qualquer tema e transformá-lo numa boa canção. Temas como "Dick around", "(Baby baby) Can I invade your country", "There's no such thing as aliens" ou o excelente primeiro single "Perfume" são mais do que boas razões para ouvir e voltar a ouvir, e levá-lo connosco até ao fim do ano.

Rate: 10/10
review em: I Am Music

Elephant . The Black Magic Show . 2006

A banda nova-ioquina liderada por Diego Garcia, lança agora o segundo álbum após o álbum de estreia e alguns de tournée. Continuando na nostalgia dos anos 80, com influências dos The Cure, The Smiths, The Psychedelic Furs e Joy Division, o quarteto afirma ser este o álbum "Elephant". Logo na primeira faixa, iniciam com "the freaks have come out tonight, and they already have begun. There's no difference between wrong and right. Welcome to the Black Magic Show." Parecendo mesmo ser uma canção dos The Smiths.
É um álbum que se ouve bem, com faixas que à segunda e terceira audição, ficam entranhadas nos ouvidos, como "Lolita", "Brasil", "My Apology", com um refrão muito forte, ou então, "The Lunatic".

Rate: 6.5/10
review em: I Am Music

Academy Is..., the . Almost Here . 2006

Mais uma banda nas áreas do power-pop/punk que lança o seu primeiro álbum, num formato que começa a tornar-se repetitivo, tais como Fall Out Boy, Panic! At The Disco, numa linha dos já desaparecidos Weezer. Os "The Academy Is..." são formados por William Beckett e Mike Carden, que se juntaram em 2002, após de estarem envolvidos em diferentes bandas rivais de Chicago, que depois mais tarde se juntam a Adam Siska, Tom Conrad e Andy Mrotek, em 2004, quando Pete Wentz dos Fall Out Boys ouviu-os e assinaram contracto pela sua editora Fueled By Ramen.
Apesar do nome, os The Academy Is... tocam um pop-rock/punk ginasticado, em que as letras podiam ser mais maduras, e são o elemento mais fraco do álbum, mas existem algumas faixas bem interessantes como "Black Mamba", "The phrase that pays" ou "Classfieds".

Rate: 6.5/10
review em: I Am Music