I am music

No meio de tanto ruído surge a música.

Thursday, June 30, 2005

Complicado - Haunted

Esta semana está complicado! Que raio de escolhas me propus a comentar.
Simplesmente não gostei do álbum. Não digo que seja mau, não é. Não gostei, é diferente. Complicado é um projecto de um homem só Miguel Gomes, que neste álbum se debate com um processo de introespeção, editado pela Bor Land.



Fá-lo a partir da folk e do rock ’n’ roll. É pop psicadélico slow motion (nem sempre) em versão acústica (a maior parte das vezes) e apoiado em ruídos que podem ir do banal ao impensável. Os singles "tonight", "for you to dance" e "soledad" alegram-me.

Rate: 5/10.

Tuesday, June 28, 2005

FannyPack - So Stylistic

E vão dizer, mas o gajo passou-se! Parece que sim!!!
Mas se ouvirem com atenção isto é algo de novo. Não é pop simplesmente, não é "chuming gumme", é street funk, é hip-hop, é electroclash, é tudo isso e é muito mais.

Apesar de este álbum ser de 2003, e de terem acabado de lançar novo álbum "See you next tuesday". No entanto só agora ele chega a Portugal e a mais outros tantos países da Europa.



Adoro quando logo na Intro assumem "Let's get famous, let's get famous". Em algumas faixas fazem me recordar as TLC. Compostos pelas cantoras Jessibel Suthiwong, Belinda Lovell e Cat Hartwell, com os 'beat-makers' Matt Goias e Fancy. São nova-iorquinos e produzem/exploram sons de rua que avançam no tempo. Os singles "Cameltoe", "Hippopotamus", "So stylistic" e depois "System Boomin'" saído dos jogos da NBA ou dos concursos de cheer leaders. É Verão!

Rate: 6/10.

Sunday, June 26, 2005

...And You Will Know Us By The Trail Of Dead - Worlds Apart

Apesar de ter o primeiro álbum, foi daqueles álbuns que apesar das boas críticas não tive ainda oportunidade de ouvir e continua escondido lá no baú, junto com tantos outros, que um dia espero "revisitar".



A música inicial faz lembrar um filme épico, paisagem índia na américa do norte, em que um crescendo de vozes acaba num grupo parecendo vir de "The Village". Depois num ápice somos transportados para o início de um combate de boxe com um excelente momento de bateria. Depois o ritmo vai alterando com voz ou sem voz, ao som do tambor, das guitarras, etc. Um álbum muito eclético, mas que acaba por se perder um pouco com isso.

Rate: 6/10.

Saturday, June 25, 2005

Royksopp - The Understanding

Antes de tudo peço desculpa pelo atraso! Mas queria voltar a ouvir o primeiro álbum dos Royksopp antes de escrever sobre o segundo, para isso tive de ir a Braga onde tenho grande parte dos meus cd's.



Primeiro de tudo adoro o nome do álbum "The understanding", depois acho este álbum melhor do que o primeiro. Não é que seja assim tão diferente, é menos instrumental, mais orgânico.



O álbum abre com um tema instrumental, com um som triunfante. Em alguns temas foram convidadas cantores para acompanhar nos coros ou mesmo em lead vocal, como são os casos de "Only this moment" ou "What else is there". Torbjørn Brundtland e Svein Berge são os mentores desde projecto com as suas bases no som electrónico e dançante, que desde o primeiro álbum receberam excelentes críticas e que com este segundo álbum não se esmoreceram. Vale a pena ouvir...

Rate: 8/10.

Tuesday, June 21, 2005

Fischerspooner - Odyssey



Os Fisherspooner são Casey Spooner e Warren Fischer, pensava eu serem da era dos New Order ou Kraftwerk (como sou tão ignorante!). Conheceram-se no School of the Art Institute of Chicago nos anos 90. Foram realizando algumas colaborações, mas depois perderam o contacto durante alguns anos até se voltarem a encontrar em Nova York. De novo, a colaboração entre ambos obteve frutos, que após o primeiro álbum "#1", é agora editado o segundo álbum "Odyssey". Posso dizer que é um dos dois álbuns que estou viciado de momento, em conjunto com o álbum dos Royksoop, são dos melhores álbuns de dance/electrónica que já ouvi este ano.

"All is determination,
To make it make sense
All is determination,
You can find it if you…

Just let go, just let go, just, let it go" (Just let it go #track1)

Num álbum quase todo produzido pelos próprios, apenas com algumas participações vocais ou na composição de letras, como é o caso de David Byrne em "Get confused", que não tenho na versão do álbum no meu computador, mas consegui encontrar perdida algures... Cada uma das músicas me faz levantar da cadeira e dançar...

"I don‘t need to need you
Tell me what to do
Tell me what to say
Don‘t you wanna help me
Tell me what to do
Help me find a way
If I was not me
I would hate me too
Just like you do
I don‘t need to need you
Tell me what to do
Tell me what to say" (Never win #track3)


Site oficial: Fischerspooner
Rate: 8/10.

Friday, June 17, 2005

The Fiery Furnaces - EP



Posso confessar que a primeira audição foi desastrosa. Detestei.
A voz de Eleanor era insuportável aos meus ouvidos. Mas como me tinha comprometido a escrever esta crítica, lá ousei ouvir o álbum de segunda vez. Lá começava "Single again", e dizia eu outra vez não... mas passou, saí do quarto e regressei à segunda faixa, a terceira ainda melhor... deixa-me esperar pelas próximas... Não é que o "Single Again" foi editado mesmo em single... iiaaaccc...
Algo fascinante, os Fiery Furnaces, são compostos por dois elementos, os irmãos Matthew e Eleanor Friedberger, ambos cantam, no entanto as canções que Eleanor cantam são sempre mais joviais, mais primaveris, mais claras, num tom amarelo e laranja...
Para amanhã a terceira audição, pode ser que vá melhorando...
Talvez ainda muita coisa esteja por descobrir, para ir ouvindo com calma...

Site oficial: The Fiery Furnaces
Rate: 7/10.

Thursday, June 16, 2005

Dave Matthews Band - Stand Up

Faz algum tempo que a Dave Matthews deixou-me de fazer ir correr a uma loja comprar o álbum, de eu procurar tudo o que era raridades ou edições americanas e encomendar pela net. O som não se alterou muito, só que não inovaram. Álbum atrás de álbum insitem na mesma fórmula que há muito lhes deu sucesso e que pelas terras do tio Sam, arrastam multidões, realização concertos aos vivo para milhões, e são considerados uma das melhores bandas.



O álbum inicia com "Dream Girl" num tom melódico ao estilo do álbum "Crash", uma das suas obras primas. As faixas vão sucedendo, num tom melódico, menos rockeiro que os dois último álbuns originais da banda. Talvez por alguma influência da incursão a solo do Dave Matthews. A sua voz sente-me menos sobria, mais alegre. Adoro ouvir "American Baby", faz-me lembrar Counting Crows com "American Girl". Seguido de "Smooth River" em que lá no fundo ouço Eric Clapton, BB King... Um álbum a ouvir ainda mais durante umas semanas.

Site oficial: DMB
Rate: 7/10.

Monday, June 13, 2005

Colleen - The golden morning breaks


Colleen (de seu nome Célile Schott) lança o segundo álbum da sua carreira, depois do álbum de estreia de 2003 "Everybody alive wants answers", é já por algumas críticas considerado um dos álbuns do ano. Procurando manter alguma da estrutura que implementou no primeiro álbum e procurando no entanto inovar e mais longe, explorando novos sons e novas formas de os produzir. Baseado numa força puramente instrumental, folk psicadélico. Mergulhando numa brisa, melódica, carregada de samplers que ela própria recolheu pela natureza, numa fragilidade que por vezes a canção parece carregada de nada. Algumas semelhanças com o primeiro álbum dos islandeses Mum, apesar de as músicas de Colleen terem mais textura e complexidade.

Rate: 8/10.

Saturday, June 11, 2005

Mamã Lusitânia: "Trigo Limpo"

Quase um ano depois de estrear, tive oportunidade de ver a peça "Mamã Lusitânia" pela companhia Trigo Limpo, na fabulosa encarnação de Ilda Teixeira, acompanhada ao piano e guitarra por Carlos Peninha.



Numa oportunidade única, no Bar do Teatro, no Teatro Viriato em Viseu, num espaço intimista, um pouco claustrofóbico, mas nem por isso Ilda deixou a sua magia, a sua arte de resplandescer.
Beijos.

Friday, June 10, 2005

Smog - A river ain't too much to love



O álbum começa com uma guitarra acústica e "Winter weather is not my soul", num tom calmo acústico, na voz embriagada de Bill Callahan, que é quase musical mas instantaneamente reconhecida, muitas vezes comparada com Lou Reed ou Leonard Cohen.
Na sua intimidade, pergunta a quem ouve "Why is everybody looking at me/ like there's something fundamentally wrong?"
Smog é basicamente Callahan sozinho, um americano cantor/compositor, que já edita material discográfico desde os fins dos anos 80 e participando em algumas banda-sonoras como é o caso de "High Fidelity" e "Dead Man's Shoes".

Rate: 6/10.

Thursday, June 09, 2005

The Coral - The Invisible Invasion

O grupo de Liverpool, constituído por James Skelly, Ian Skelly, Nick Power, Bill Ryder-Jones, Lee Southall, Paul Duffy e John Duffy. Neste seu quarto álbum, deixam as suas características mais psicadélicas e adquirem uma nova base pop-rock, muito influênciados pelo som da guitarra.



Com altos e baixos, um álbum que se ouve calmamente, mas que facilmente daqui a umas semanas se arruma numa prateleira. Apesar de isso tem algumas músicas que valem a pena ser escutadas: "She sings the morning", "In the morning", "Leaving today" mais pop ,e "Arabian Sand" mais rock.

Site oficial: The Coral
Rate: 6/10.

Tuesday, June 07, 2005

Coldplay - X&Y

Data nas bancas: 6 de Junho



O novo e esperado álbum dos Coldplay, "X&Y", dando sequência aos excelentes "Parachuts" e "A rush of blood into the head", trás-nos uma continuidade e ao mesmo tempo um ruptura na carreira dos Coldplay. Continuo a achar que "Speed of sound" podia muito bem ser um single do Moby (alguém vai bater-me ou os fãns do Moby ou os fãns dos Coldplay).
A faixa que abre o álbum "Square one" revela mais uma vez a voz de Chris Martin, o single que mais vezes tenho ouvido é "Talk", fazendo lembrar U2 nos seus inícios.

"Oh brother i can't, i can't get through.
I've been trying hard to reach you, 'cos i don't know what to do.
O brother i can't believe it's true.
I'm so scared about the future and i wanna talk to you.
Oh, i wanna talk to you.
You can take a picture of something you see.
In the future, where will i be?
You could climb a ladder up to the sun, or write a song nobody has sung or do something that's never been done.
Are you lost or incomplete?
Do you feel like a puzzle you can't find your missing piece?
Tell me how you feel,
Well i feel like their talking in a language i don't speak.
And their talking it to me.
So you can take a picture of something you see.
In the future, where will i be?
You could climb a ladder up to the sun, or write a song nobody has sung or do something that's never been done.
Do something that's never been done.
So you don't know where your going and you wanna talk.
But you feel like your going where you've been before.
Is there anyone who listens but you feel ignored.
And nothings really making any sense at all.
Let's talk,
Let's talk.
"

Rate: 8/10.

Friday, June 03, 2005

Lizz Wright - Dreaming Wide Awake


Estava eu há séculos à espera do álbum "Salt" de Lizz Wright quando ela edita novo álbum"Dreaming Wide Awake". Felizmente já tenho o novo álbum, infelizmente continùo à espera do anterior...
Nascida em 1980 no estado da Georgia, Estados Unidos, nascida para a música e na música, é portadora de uma voz singular, dando ao jazz uma alma soul.

Site Oficial: Lizz Wright
Rate: 9/10.